sábado, julho 23, 2005

Sinto

"É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!”


Sinto-me numa encruzilhada, afinal é hora de tomar algumas decisões. As vezes parece que o mundo me pressiona a decidir que rumo tomar e adotar uma meta... chamar alguma coisa de ‘minha’. Não! Quem pressiona não é o mundo. Sou EU.

Traída por mim mesma estou perdida. Penso muitas vezes na escolha que fiz há cinco anos atrás... como minha profissão é estranha. Não que eu não goste, aliás, eu gosto bastante, mas é uma profissão meio vendida. Nas férias que tirei a pouco (ta mais pra feriado, mas ta valendo) uma amiga me disse pra tentar descobrir o que ‘faz meus olhos brilharem’... hmmm tarefa difícil pra alguém que gosta te tudo, se dá bem com muita coisa e topa qualquer desafio.

E nessas, de pensar só nisso, falar só disso, enfim, viver nessa angústia, as vezes até cultivando um pouco esse sentimento, vou vivendo. O fim do ano ta chegando, contrato acabando, casa ficando ‘pequena’, pais pegando no pé, e pior, EU me traindo, muitas vezes me cobrando mais que qualquer um.

Vou jogar tudo pra cima. Esquecer que teoricamente as coisas começam agora, pensar que tenho mil planos, mil trabalhos, mil livros pra ler, mil pessoas pra conhecer, mil... mil... mil... resumidos em uma? Não, em mil decisões que eu faço a todo dia, toda hora, todo segundo.

Conversando com uma outra amiga (ai ai.. se não fossem os amigos) que passa pela mesma fase que eu, chegamos a conclusão que uma coisa podemos garantir: não vamos ganhar rios de dinheiro, não vamos ser apresentadoras do Jornal Nacional, não vamos escrever na Folha de São Paulo, mas VAMOS ser FELIZES com aquilo que escolhermos... o resto é lucro!

“Então me diz qual é a graça
de já saber o fim da estrada
quando se parte rumo ao nada?”

Paulinho Mosca

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Ê preguicinha de escrever...

10:21 AM  
Anonymous Anônimo said...

"alguém que gosta te tudo, se dá bem com muita coisa e topa qualquer desafio", acho que seus olhos brilham pelo jornalismo e você é que ainda não percebeu!
o não contentamento pleno não é da profissão, mas do mundo, que é por si só incompleto.
Bem vinda, jornalista, às redações da marginalidade!
Lopes

11:49 PM  

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